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Meu nome é LELLO e aqui me intitulo "O-CHATO-INSANO"!

Sou Artista Plástico, Tatuador, Músico, Professor de Artes Marciais, Piloto de Arrancada, Gremista, Aquariano, Adorador de animais (tenho 4 filhos caninos), Ateu, Vegano (desde 03/2015), totalmente Louco, Chato e Polêmico!

Amo todas as atividades que desenvolvo e com muita dedicação transformo-as em profissões vivendo intensamente cada uma delas!

terça-feira, 30 de junho de 2015

Bará, bará, bará, berê, berê, berê!! Pra você me conhecer devo falecer? ou não...



   E ai Brother!! As manifestações pessoais de alegria, tristeza, pesar, descontentamento são pequenas quando demonstradas de forma individual, mas manifestações públicas, comoções em massa e o carnaval se tornam grandes atrativos das mídias, focos de discursos aprobativos ou desfavoráveis. E o que é melhor que isso para tirar o foco de tantos outros problemas que enfrentamos? 
   Vivemos numa sociedade egoísta, onde o EU sempre supera o coletivo. As pessoas buscam e se preocupam apenas com seu bem-estar individual e no máximo familiar, exemplo esse, que se fosse ao contrário não existiria tanta corrupção, políticos assumem, se aposentam e a ladainha permanece. Então, não são poucos que tem esta prática e sim vários corrompidos pela grandeza do seu EU, esquecendo que estão no poder para melhorar a vida do coletivo (povo)... Mas isso não é novidade e sim a comprovação da sociedade egoísta que vivemos. 
   Enquanto tudo isso acontece o povo se preocupa com que mesmo? Existem outros atrativos que a mídia ajuda a salientar, assim, sentimentos diversos afloram para que possam substituir as manifestações para o que realmente importa.
   Algo para se tornar de comoção nacional, deve ser realmente comovente ou ser bem elaborado, instigado, provocado, talvez até mesmo obrigado ao ponto de deixar de lado o egoísmo pessoal de cada indivíduo, ideais, crenças, etc... e a certo ponto envergonhar e desprezar quem não esta ao lado da grande massa. Quem faz isso?
   No natal devemos estar sentimentais e querer ser um ser humano melhor, na virada do ano deve-se almejar: amor, paz, saúde pra todos, no carnaval coitado de quem disser que não esta feliz com tanta alegria do povo. 
  Você pode se questionar: Esse chato não está lembrado das manifestações contra o governo, corrupção, escolaridade, saúde e tudo mais? O povo pensa também e segue unidos pelos seus ideais... Pois bem, eu lembro sim e também recordo o quão estranho tanta discórdia antes das eleições para tudo permanecer igual, um pouco contraditório para um povo que se demonstrava tão descontente. O que será que aconteceu? 
   Se não bastasse tantas datas comemorativas para ser bom, ser alegre, tinha que haver as datas de tristeza também. O que é melhor que a morte de alguém querido? Mesmo que o falecido não seja tão "querido" assim!
   O que torna a pessoa querida para o EU? São as experiências vividas de uma palavra amiga, abraços nas horas necessárias e na morte é tudo isso que foi vivido somado a falta que essa pessoa fará. E o que torna a pessoa querida para um grande coletivo? São as ações somadas de todos esses EU`s que no mínimo vivenciaram momentos ou gostos afins e na morte esse falecido será lembrado por todos, pelo benefício que trouxe para o grande grupo e como será difícil a vida sem este ícone. 
   Exemplo de falecido querido para mim: seria minha avó materna, que ajudou a me criar, a qual tenho agradecimento e me faz muita falta, os seus conselhos, abraço e carinho. 
   Exemplo de falecido querido pela comoção popular: sem dúvida, Ayrton Senna, esse mereceu e merece os aplausos. Suas conquistas e alegrias nos domingos de manhã representando o Brasil num esporte tão competitivo serão sempre lembradas, eterno herói do povo (porque trazia com ele sentimentos de esperança, força, coragem). 
    Não desmereço a comoção de cada pessoa para seus queridos, mas o que faz a pessoa ser lembrada e querida por uma grande massa, uma comoção popular?mesmo de quem nem mesmo o conhecia?
   (desculpem-me a repetição de palavras!!!!)
   Será que eu serei lembrado após minha morte? 
  Quarta-feira, dia 24 de junho de 2015, dia de uma grande perda, de uma pessoa que deixou um legado de canções originais, que mesmo quem goste ou não deve valorizar. Falava de crença, paixão, motivava um povo. De quem estou falando?  
  Cristiano Araujo? Não, este conheci agora com a cobertura impecável da grande mídia televisiva, comoção nacional e dos famosos. Mas eu estou falando de Nico Fagundes: Compositor de mais de 100 músicas (muitas delas verdadeiros hinos do povo gaúcho), Advogado, Poeta, Declamador, Apresentador de televisão, novelista, autor e ator de teatro, televisão e cinema. Respeitado como autoridade em folclore gaúcho, história do Rio Grande do Sul, antropologia, cozinha gaúcha e danças folclóricas.
   Acredito que esse menino, Cristiano, morreu cedo, cantava o novo estilo sertanejo, que com letras de fácil compreensão e rápida absorção tomam conta do gosto popular, também conhecia muitos famosos, mas merecia tanto clamor e aplausos? Seu legado será notório com o passar do tempo e gerações? 
   O que faz alguém ser mais lembrado do que outro no momento de sua morte? 
   Então, assim como no Natal tenho que querer ser bom, no Ano Novo querer o bem do próximo, no Carnaval tenho que fazer festa e ser feliz, desta vez, pessoas comovidas com a morte do “famoso” não aceitam quem não esteja de Luto e manifestando tristeza em redes sociais! Desculpem-me não sou hipócrita, nem imbecil, nem faço tudo que a grande mídia impõe. Respeito, mas também mereço ser respeitado. 
   Infelizmente, gaúcho Nico Fagundes, morreste no dia errado, mas teu legado será sempre lembrado.













quarta-feira, 24 de junho de 2015

PICHAÇÃO X GRAFITE. AFINAL O QUE É ARTE URBANA?



    E ai Brother!! Vou iniciar meu blog dialogando sobre uma “praga” que tomou conta de praticamente todas as cidades: A pichação. Irei dar evidência para essa poluição visual das paredes dos prédios, patrimônios públicos e casas de Santa Maria/RS, cidade onde moro. Recentemente, o poder público e veículos de comunicações, lançaram uma campanha:

  - "Santa Maria do Bem: Cuide de sua cidade. Seja do bem”-  
acesse o link para obter maiores informações

    Tanto a campanha como esse assunto, estão sendo alvos de diversas opiniões, então aqui irei expressar livremente a minha visão.
    Primeiramente quero esclarecer que minha vida é arte, ela que me move, me sustenta, me fascina. Ingressei na Universidade Federal de Santa Maria, no curso Desenho e Plástica (hoje Artes Visuais), em 1994, onde me dediquei em arte mural, realizando vários trabalhos pela cidade e região sendo o mais notável o mural "Corpo Humano" localizado na fachada do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM).

    Desde os primórdios tem-se conhecimento que o homem se expressava por meio de desenhos escritos, nos rochedos e paredes das cavernas onde habitavam. Utilizavam-se de ferramentas feitas de ossos, pedras e marfin. Na antiguidade também se observou, por exemplo, na cidade de Pompéia, após erupção do vulcão Vesúvio, xingamentos, poesias e propagandas políticas reveladas nos muros, feitas por meio de fuligem e carvão. A ferramenta utilizada ainda hoje, o spray, surgiu após a segunda guerra mundial, tornando então, mais ágil esta prática. Em 1969 estudantes franceses utilizaram o spray para expressar-se contra as universidades, no mesmo período, foi proferida nos muros de Nova York a cultura hip-hop. No Brasil, originou-se durante a ditadura militar, utilizada pelos jovens do movimento estudantil contra o regime.   
    Atualmente não são reveladas apenas palavras de desgosto político e social, são também palavras horrendas, sujeira, pelo simples fato do anarquismo e pelo prazer de poluir a propriedade alheia. Mas por outro lado, também se observa composições artísticas fantásticas. Estas práticas são feitas em grupos, ou individualmente, na maioria das vezes por spray, mas também por tinta líquida encontrada em galões, "canetões" escolares ou graxa líquida (para sapatos de couro).
    Esse “poder de expressão” é uma das teorias e explicações da origem da pichação e grafitagem, sendo ambas intervenções urbanas que visam expor a arte de rua. Então, qual a diferença entre as duas? PICHAÇÃO X GRAFITE!   
   Resumindo, enquanto a pichação faz uso de palavras hostis, símbolos, declarações agressivas, a grafitagem, por sua vez, demonstra cuidado na composição, nas cores, verdadeiro comprometimento com a manifestação artística. Vamos analisar da seguinte forma: alguns anarquistas, por assim dizer, utilizam da pichação, para revelar seus descontentamentos contra o sistema político, social, financeiro, escambau... Sujando as paredes dos outros! Aceito manifestar-se, de maneira ordeira, contra o que qualquer um achar injusto ou que vá de encontro às suas ideologias. O problema aparece quando se está praticando um crime, pois esse meio é totalmente ilícito, está violando o patrimônio público e alheio. Pelo Artigo 65 da Lei dos Crimes Ambientais, número 9.605/98, existente desde 1998, estabelece punição de três meses a um ano de cadeia e pagamento de multa! Então seu manifestante adepto a pichação, você é um criminoso sim e deve ser punido como tal! Pode chorar e espernear, não adianta! Quantas pessoas já apareceram nos jornais locais reclamando que já pintaram suas casas, estabelecimentos comercias varias vezes durante períodos curtos de tempo. Quem paga por isso? Essa pessoa tem o direito de não querer saber da sua manifestação, dos desenhos que você chama de arte, de quem você ama ou apenas dá um rolé... Talvez ela também se sinta revoltada com a situação atual, com o aumento de impostos, com sua vida, com os chifres que também possui etc... Mas para ela de nada acrescenta de bom um ônus de pintura da sua parede a mais no fim do mês. Vai pichar então a casa da tua mamãezinha, de quem te chifrou ou da tua avó!
    Vamos falar da verdadeira arte urbana? Bom, um trabalho artístico, contratado pelo proprietário do edifício, dono da parede, responsável pelo patrimônio, deve ser louvado como arte urbana, seja na forma de um manifesto, ou uma pintura, mesmo que você não entenda, pois Arte não precisa de entendimento e sim sentimento. Quero deixar bem claro que concordo com o grafite, mas sendo este aceito por quem pagou pela posse daqueles tijolos que estão erguidos ali. Seria o mesmo, que eu, como tatuador, que também é uma prática muitas vezes ainda descriminalizada pela sociedade, sair buscando aceitação e adeptos fazendo a minha arte na pele das pessoas que não gostam, não querem elas. Não é assim que funciona, quem compra minha arte é quem confia no meu trabalho e quer ela na sua pele.
    Também não gosto de todo o grafite autorizado que vejo, pois gosto é gosto, mas admiro a dedicação e trabalho para expor aquele trabalho artístico. Alguns apresentam imagens que favorecem a descontração do dia-a-dia, embelezam o ambiente, encantam as pessoas. Por exemplo, aquele belo trabalho realizado nos muros do colégio Olavo Bilac, que aposto aflorar a imaginação, alegrar as crianças e adultos que passam por ali, entendendo ou não de arte (sendo essa também a importância: “o sentir”).
    O grafite é considerado uma conduta lícita pela legislação, onde determina não constituir crime a prática de grafite realizada com objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que concedida pelo proprietário. 
    Nota-se bem a diferença entre pichação e grafite! Aí me pergunto, “o pixo” (pichação) é para se auto afirmar? Seria falta de talento? Criatividade? Sinceramente eu não sei!
    Outro ponto que vem sendo bastante discutido é que muitas pessoas, assim como eu, reclamam e são tratadas com ironia e desprezo por certos, como se fosse nossa obrigação fornecer os suportes (paredes pintadas, paciência, aceitação) para um vândalo cometer essas poluições visuais.        
    Quando em atos de discordâncias alguns questionam quem são as "pessoas, cidadãos de bem" da campanha lançada "Santa Maria do bem", pois bem, acho que está mais que na hora dessa cidade e tantas outras abrirem os olhos e se manifestar contra essas poluições, se são pessoas do bem ou do mal eu não sei... Somente não querem e não precisam tolerar mais isso. Já que existe uma lei e os poderes públicos estão buscando soluções, o que já é difícil no Brasil e óbvio que Santa Maria se inclui, essa é a hora. Já os "revocionariozinhos" de internet, que moram com os parentes e ainda sob seus sustento, porque se acham tão "do bem" a ponto de atacar de forma imbecil (como todo bom esquerdista gosta de fazer) quem não concorda com a prática? Para vocês tenho uma dica: vão aprender a trabalhar, pagar seu sustento e luxos e quem sabe assim dê valor ao proprietário do imóvel atacado pelo vandalismo! Pois como assim: Eu, que pago minhas contas, trabalho feito louco, não posso me manifestar, mostrar minha repugnância quanto a essa falta de cultura? Sim meus amigos comunas, não é nada cultural em nossa atual sociedade invadir propriedade privada e tomar posse para fazer suas pichações, nós evoluímos, podemos nos expressar de tantas outras formas, por que então utilizar a prática dos primórdios que escreviam em paredes porque não haviam folhas, livros, papéis, internet para contar suas histórias, ou se igualar a época da ditadura, onde eu não poderia colocar e argumentar termos aos quais coloquei neste meu texto. Oh! Ser intelectual pensa um pouquinho ai, beleza?
    E quem sabe você pichador não tenta ver com outros olhos esta campanha, que como tudo não acho que salvará o mundo (pois esse não tem salvação, né evangélicos?), mas você pode ter paredes dispostas pelo povo para manifestar-se, se expressar, mostrar sua arte e dizem que poderá ganhar um “troquinho”, ouvi até mesmo falar em R$15.000,00 (opa!).
    Bah, mas que pena! Claro! Entendi você pichadorzinho não é artista é só um anarquista!
    Para você grafiteiro, boa sorte! Estarei esperando suas artes para embelezar nossa cidade!
    Concluindo, na minha opinião, os delinqüentes devem ser presos e pagar as devidas multas previstas em lei. Os artistas devem ser valorizados. E você "cidadão do bem" ou um "ser malévolo", pode se manifestar que está tudo certo, pois não devemos ficar quietos ante a essa invasão do nosso espaço. Perguntaram-me se eu quero ter minha casa, meu estabelecimento comercial, ou até mesmo na rua aonde passo, esses rabiscos, palavrões e tudo mais, que vimos aumentar todos os dias em nossa cidade? Não, eu não quero!